O Conselho Tutelar de Carapicuíba, na Grande São Paulo, determinou nesta terça-feira (29) o afastamento do jovem pregador Miguel Oliveira de suas atividades ministeriais e da exposição pública nas redes sociais, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em reunião com os pais do garoto, Érica e Marcelo, e com o pastor Marcinho Silva, líder da Assembleia de Deus Ministério Avivamento Profético.
Todos os compromissos religiosos de Miguel foram cancelados, e ele está proibido de publicar conteúdos ligados à pregação. Além disso, foi exigido o retorno imediato às aulas presenciais, já que o jovem vinha estudando de forma remota.

A medida ocorre após forte repercussão negativa de um vídeo em que Miguel rasga laudos médicos durante um culto, alegando curas milagrosas de doenças graves como câncer e leucemia. A gravação gerou críticas e levantou suspeitas sobre a autenticidade dos milagres e a exposição da imagem do menino.
O caso reacende o debate sobre os limites da atuação infantil em práticas religiosas públicas e o papel das famílias e lideranças religiosas na proteção da infância.